quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Minhas experiências na formação leitora...

Este exercício de lembranças de minhas memórias sempre foi fundamental em minha prática como professora... Puxando pela memória como fui alfabetizada me levou a refletir que a prática pedagógica daquela época (década de 80/90) hoje é fadada ao fracasso... fui alfabetizada no esquema de cartilha e do “b com a = ba, b com e = be, b com i = bi.. e assim por diante, ou seja fui alfabetizada pelo princípio da repetição, hoje, em plena era da geração z (os ditos, nativos digitais) não temos mais como utilizar esta pratica, ao meu ver... precisamos urgentemente recriar os modos de “ensinar”.. e creio que isto vem acontecendo... Mas voltando as minhas lembranças dos primeiros contatos com a leitura e escrita, o que sempre marcou muito foram as revistas em quadrinhos da turma da Mônica que na verdade curto até hoje quando alguma “cai em minhas mãos”, também a coleção de Monteiro Lobato (assim como Gil relata em sua entrevista), portanto peguei o gosto pela leitura pois sempre li o que eu me interessava... por isso sempre fui contra ao projeto de leitura que a escola onde trabalhava impunha aos professores e alunos, onde cada turma tinha um livro, que os alunos escolhiam “democraticamente” através do título ou da capa.. e os professores da 1ª aula tinham que fazer a leitura de uma parte dele todos os dias... para os alunos (do Ensino Médio) era só uma forma de demorar pra começar a aula, pois a maioria deles não tinha o menor interesse por aquele livro, e pra nós professores a leitura ficava completamente descontextualizada (porque não tínhamos uma leitura contínua), isso para mim, em vez de incentivar e despertar o gosto pela leitura, ao contrário faziam com que os alunos pegassem certo “trauma” de ler, porque eles não podiam ter autonomia de escolher o que cada um deles preferia... enfim lembrar das minhas memórias e não comparar com o que praticamos hoje, para mim é praticamente impossível.

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